“A hipertensão é perigosa se não for controlada, aumentando o risco de ataque cardíaco e derrame cerebral. Mas o uso de remédios para baixar a pressão arterial pode diminuir a expectativa de vida em vez de aumentá-la, segundo os resultados de um estudo da Universidade da Flórida.
O estudo, publicado no Journal of the American Medical Association, indica que quando se trata de medicação para a pressão arterial, menos é mais.
Este é outro exemplo do uso de remédios como uma solução paliativa de um problema de saúde sem tratar a causa básica. Existe uma grande diferença entre obter um número de pressão arterial saudável com uma boa alimentação, exercícios físicos e controle do estresse, e “forçar” seu corpo a produzir esse número com um remédio.
Os medicamentos que prometem ser seguros têm sido, muitas vezes, mais prejudiciais do que benéficos, porém os remédios para pressão, juntamente com os analgésicos e comprimidos para dormir, são alguns dos remédios mais populares nos Estados Unidos.
O estudo em destaque foi realizado em pessoas com 50 anos ou mais com o diagnóstico de diabetes tipo 2 e DAC (doença arterial coronariana). As orientações padrão da hipertensão para diabéticos indicam a manutenção de uma pressão sistólica abaixo de 130 mm Hg, mas existem poucos dados para o número crescente de diabéticos que também têm CAD. Este estudo buscou preencher essa lacuna de informações.
Cada participante do estudo recebeu um ou mais remédios para pressão (uma combinação de antagonista do cálcio, betabloqueador, inibidor da ECA e diurético) na combinação necessária para obter uma pressão sistólica inferior a 130 mm Hg.
Os pesquisadores descobriram que um controle mais rigoroso da pressão arterial nesses pacientes NÃO provocou resultados melhores!
O grupo sem controle apresentou os piores resultados, o que não surpreendeu nem um pouco. Mas o grupo cuja pressão sistólica manteve-se entre 130 e 140 mostrou um risco menor de morte do que o grupo cuja pressão sistólica manteve-se no nível recomendado — abaixo de 130 mm Hg. Os autores relataram:
“Neste estudo de observação, mostramos pela primeira vez que a redução da pressão sistólica para menos de 130 mm Hg em pacientes com diabetes e DAC não provocou uma queda maior de morbidez além daquela associada à pressão sistólica inferior a 140 mm Hg, e, na realidade, esteve associada a um risco maior de mortalidade por todas as causas. Além disso, o risco maior de mortalidade permaneceu com o passar do tempo”.
Esta não é a primeira vez que as drogas farmacêuticas causam danos. Na verdade, os remédios controlados matam mais pessoas do que as drogas ilícitas atualmente. A morte causada por remédios controlados é uma epidemia do século 21, matando até mesmo mais pessoas do que os acidentes com veículos hoje em dia.
As fatalidades com remédios mais do que duplicaram entre os adolescentes e adultos jovens entre 2000 e 2008, e mais do que triplicaram entre as pessoas com 50 a 69 anos. Estima-se que ocorram 450.000 eventos adversos evitáveis relacionados a medicamentos nos Estados Unidos a cada ano, o que representa uma grande quantidade de idas ao pronto socorro.
Em um relatório de junho de 2010 publicado no Journal of General Internal Medicine, quase um terço de um milhão de mortes foi provocada por erros de medicação dentro do hospital entre 1976 e 2006, com base em uma análise de 62 milhões de certificados de óbito.
Isso não inclui as pessoas que morreram após tomar os remédios exatamente conforme prescritos! E quando se acrescentam as mortes por infecções adquiridas no hospital, procedimentos médicos desnecessários e resultados cirúrgicos negativos, a medicina tradicional deveria encabeçar a lista das principais causas de morte nos Estados Unidos.
A boa notícia é que a grande maioria das pessoas não precisa de remédios controlados para normalizar a pressão arterial. Na maioria dos casos, a hipertensão pode ser revertida com alguns ajustes básicos na alimentação e no estilo de vida.
Você segue uma alimentação rica em grãos e pobre em gorduras? Se a resposta for sim, tenho más noticias para você. Esse tipo de alimentação é uma prescrição para que várias pessoas desenvolvam hipertensão. Há muitos anos venho recomendando evitar o trigo, e esse conselho está finalmente chegando aos ouvidos de todos.
O jornal LA Times publicou recentemente um artigo sobre o modo como o trigo (e a alimentação pobre em gorduras) contribuem para as inflamações, doenças cardíacas, diabetes, dor nas articulações e vários outros problemas de saúde. O cardiologista William Davis foi citado por sua declaração:
“Coma mais gorduras. Coma o mínimo possível de grãos. Os grãos não pertencem à experiência humana.
Essa informação não é nova. Uma pesquisa científica publicada em 1998 no periódico Diabetes indicou que quase dois terços dos participantes do teste que tinham resistência à insulina também tinham pressão alta. A resistência à insulina é atribuída diretamente a uma alimentação rica em açúcar e grãos, principalmente se acompanhada de exercícios inadequados.
Portanto, se você tem hipertensão, é provável que também tenha níveis desregulados de açúcar no sangue, pois esses dois problemas geralmente andam juntos. À medida que os níveis de insulina sobem, sobe também sua pressão arterial.
Juntamente com o excesso de carboidratos, a maioria das pessoas têm consumido gorduras alimentares inadequadas, seja em termos de qualidade ou quantidade. Ao contrário do que você aprendeu, a glicose não é o combustível preferido do metabolismo humano — e sim a gordura.
E a gordura não faz com que você engorde, mas o excesso de carboidratos, sim. Acredito que a maioria das pessoas seria beneficiada se consumisse 50% a 70% de sua alimentação em gorduras boas. Algumas das gorduras saudáveis são:
Substitua a maioria dos carboidratos por hortaliças sem amido e troque as calorias perdidas por gorduras saudáveis conforme mencionado acima
Normalize a relação entre ômega 6 e 3. Tanto as gorduras ômega 3 quanto 6 são fundamentais para a sua saúde. A maioria dos americanos, no entanto, está consumindo muito ômega 6 e pouco ômega 3 na sua alimentação. O consumo de gorduras ômega 3 é uma das melhores maneiras de deixar os receptores de insulina sensíveis novamente se você sofre de resistência à insulina.
As gorduras ômega 3 também são importantes para membranas celulares fortes e boa elasticidade das artérias. As melhores fontes de gorduras ômega 3 são os peixes e produtos de origem animal. Infelizmente, a maioria dos peixes frescos hoje em dia contém níveis altos e perigosos de mercúrio. O ideal seria encontrar uma fonte segura de peixe, ou, se isso for muito difícil, complementar com o óleo de krill de alta qualidade.
Elimine a cafeína. A conexão entre consumo de cafeína e pressão alta não é bem compreendida ainda, mas existem muitas evidências que indicam que se você tem hipertensão, seu problema pode piorar com o consumo de café e outras bebidas cafeinadas.
Consuma alimentos fermentados. Os distúrbios na flora intestinal parecem ser um fator significativo no desenvolvimento de doenças cardíacas, assim como em vários outros problemas crônicos de saúde. A melhor maneira de melhorar a flora intestinal é incluindo alguns alimentos naturalmente fermentados na sua alimentação, como chucrute e outras hortaliças fermentadas, iogurte, quefir e natto.
Os alimentos fermentados (principalmente o queijo gouda e edam) são fonte importante de vitamina K2, que exerce um papel fundamental na proteção do coração e do cérebro.
Melhore seus níveis de vitamina D. A deficiência de vitamina D foi associada à síndrome metabólica e também à pressão alta. A vitamina D é um inibidor negativo do sistema renina-angiotensina (SRA), que regula a pressão arterial. Se você tem deficiência de vitamina D, isso pode causar a ativação imprópria do SRA, podendo levar à hipertensão.
O ideal é obter a vitamina D expondo sua pele ao sol com segurança ou usando uma cama de bronzeamento segura. Se nenhuma dessas opções for possível, considere tomar um suplemento de vitamina D3.
Faça do exercício físico uma prioridade. Sua rotina deve conter treino com peso e exercícios de alta intensidade e explosão de uma a três vezes por semana, já que eles mostraram ser ainda mais eficazes do que os exercícios aeróbicos na redução do risco de morte por ataque cardíaco.
Ande de pés descalços. O uso generalizado de sapatos com sola de borracha ou plástico tem contribuído provavelmente para inflamações crônicas hoje em dia. Quando você caminha de pés descalços ocorre uma enorme transferência de elétrons benéficos da terra para o seu corpo.
Experimentos mostram que andar de pés descalços ao ar livre melhora a viscosidade e o fluxo do sangue, ajudando a regular a pressão arterial. Faça um favor a si mesmo e coloque os pés diretamente sobre a terra ou grama úmida para aproveitar o poder de cura da terra.
Controle seu estresse. Todos sabem que o estresse aumenta a pressão, portanto, controlá-lo é um elemento essencial de boa saúde cardíaca. Minha ferramenta preferida de eliminação do estresse é a EFT (Técnica de Liberação Emocional), fácil de aprender e de usar. No entanto, talvez você encontre outros métodos, como ioga, meditação ou oração, de igual eficácia.
A pressão alta está alcançando proporções epidêmicas no mundo ocidental. A melhor forma de tratar a hipertensão é com uma abordagem natural, e não com um coquetel de remédios controlados que podem acabar prejudicando você.
Um estudo revelou que o controle mais rigoroso da pressão arterial com remédios farmacêuticos NÃO está associado a melhores resultados e, na realidade, pode encurtar a expectativa de vida. As mudanças no estilo de vida, com ênfase na normalização dos níveis de insulina, colocará você no caminho mais seguro e confiável rumo à saúde ideal”.